Comitê de Ergonomia: caminhos para inserção da Ergonomia em uma indústria de alimentos

  • Henrique Martim de Moura Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil
  • Vitor Abel Monteiro Alves Universidade Federal de Pelotas , Pelotas, RS, Brasil
  • Luís Antônio dos Santos Franz Universidade Federal de Pelotas , Pelotas, RS, Brasil
  • Juliana Gularte Coutinho Universidade Federal de Pelotas , Pelotas, RS, Brasil
Palavras-chave: Comitê de Ergonomia, Ergonomia, Ação Ergonômica

Resumo

Promover o conforto e a saúde dos trabalhadores por meio de ações práticas é um desafio contemporâneo para as empresas, e tem-se na Ergonomia um importante instrumento para tais ações. O presente artigo tem o objetivo de demonstrar caminhos para criação de um Comitê de Ergonomia (CoErgo) em uma indústria de alimentos, localizada na região Sul do Brasil. Este estudo caracteriza-se como pesquisa participante, dado que os pesquisadores efetivamente interagiram com seu objeto de estudo, compreendendo-o e transformando-o. O comitê atuou redefinindo algumas tarefas dos trabalhadores e buscando eliminar principalmente a movimentação manual de cargas. Os esforços empreendidos culminaram em ações relativamente simples, mas com grande impacto na jornada laboral dos colaboradores. As recomendações ergonômicas possibilitaram um ganho de 65% da capacidade de estoque da empresa, ou seja, um ganho de mensurável relevância para a produtividade. A criação do CoErgo na empresa mostrou-se positiva, permitindo que riscos ergonômicos fossem reduzidos, e algumas tarefas passassem a ser executadas com maior conforto pelos colaboradores. A inserção da Ergonomia nas empresas, quando ultrapassa o campo apenas de análise, partindo para adoção de recomendações ergonômicas, tem um impacto positivo na jornada de trabalho dos colaboradores.

Publicado
2020-07-30
Como Citar
Martim de Moura, H., Abel Monteiro Alves, V., Antônio dos Santos Franz, L., & Gularte Coutinho, J. (2020). Comitê de Ergonomia: caminhos para inserção da Ergonomia em uma indústria de alimentos. Revista Perspectiva, 44(166), 41-52. https://doi.org/10.31512/persp.v.44.n.166.2020.99.p.41-52