A religião nas relações de poder: a permanente influência das figuras religiosas na esfera pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.47.n.178.2023.326.p.7-18Palavras-chave:
Democracia, História, Direito, Estado LaicoResumo
Este artigo teve como objetivo estudar a relação histórica existente entre a política brasileira e a religião, além dos possíveis reflexos que essa união possa ter causado na esfera pública do país. Assim, percebeu-se que o Brasil foi construído em sua origem por percepções religiosas, as quais marcaram, inquestionavelmente, a formação do direito e da cultura do país. Nesse sentido, após a separação oficial do Estado e da Igreja, as instituições continuaram se relacionando, ainda que simbolicamente. Na reflexão, tem-se como base a lógica dedutiva, com abordagem analítico-interpretativa e procedimento bibliográfico. Dessa forma, a pesquisa debruçou-se em estudar a história brasileira vinculada às raízes religiosas, analisando de que forma estas, ao logo do tempo, foram se enraizando na cultura do país de tal forma que, atualmente, não podemos pensar em sociedade, direito e política sem nos deparar com regramentos de diversas entidades religiosas. A principal hipótese é que, mesmo após a consolidação do Estado laico, a religião continuou influenciando os três poderes do Brasil, observando-se que alguns representantes do povo permanecem justificando suas decisões mediante ideologias religiosas, as quais, por vezes, dificultam o desenvolvimento da democracia brasileira, impedindo que direitos individuais e coletivos sejam alcançados em razão de interpretações equivocadas de textos sagradosEste artigo teve como objetivo estudar a relação histórica existente entre a política brasileira e a religião, além dos possíveis reflexos que essa união possa ter causado na esfera pública do país. Assim, percebeu-se que o Brasil foi construído em sua origem por percepções religiosas, as quais marcaram, inquestionavelmente, a formação do direito e da cultura do país. Nesse sentido, após a separação oficial do Estado e da Igreja, as instituições continuaram se relacionando, ainda que simbolicamente. Na reflexão, tem-se como base a lógica dedutiva, com abordagem analítico-interpretativa e procedimento bibliográfico. Dessa forma, a pesquisa debruçou-se em estudar a história brasileira vinculada às raízes religiosas, analisando de que forma estas, ao logo do tempo, foram se enraizando na cultura do país de tal forma que, atualmente, não podemos pensar em sociedade, direito e política sem nos deparar com regramentos de diversas entidades religiosas. A principal hipótese é que, mesmo após a consolidação do Estado laico, a religião continuou influenciando os três poderes do Brasil, observando-se que alguns representantes do povo permanecem justificando suas decisões mediante ideologias religiosas, as quais, por vezes, dificultam o desenvolvimento da democracia brasileira, impedindo que direitos individuais e coletivos sejam alcançados em razão de interpretações equivocadas de textos sagrados.