A religião nas relações de poder: a permanente influência das figuras religiosas na esfera pública brasileira

Autores

  • Isadora Sorteia da Ponte Acadêmica do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Santo Ângelo, RS. Bolsista do Programa PIBIC/CNPq. Integrante do Grupo de Pesquisa “Novos Direitos em Sociedades Complexas”, vinculado ao PPGD da URI. E-mail: isadorasorteiadaponte@gmail.com
  • Noli Bernardo Hahn Pós-Doutor pela Faculdades EST, São Leopoldo, RS. Doutor em Ciências da Religião, Ciências Sociais e Religião, pela UMESP. Graduado em Filosofia e Teologia. Possui formação em Direito. Professor Tempo Integral da URI – Câmpus de Santo Ângelo, RS. Integra o Corpo Docente do PPGD em Direito. E-mail: nolihahn@san.uri.br; Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2637-5321. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4888480291223483

DOI:

https://doi.org/10.31512/persp.v.47.n.178.2023.326.p.7-18

Palavras-chave:

Democracia, História, Direito, Estado Laico

Resumo

Este artigo teve como objetivo estudar a relação histórica existente entre a política brasileira e a religião, além dos possíveis reflexos que essa união possa ter causado na esfera pública do país. Assim, percebeu-se que o Brasil foi construído em sua origem por percepções religiosas, as quais marcaram, inquestionavelmente, a formação do direito e da cultura do país. Nesse sentido, após a separação oficial do Estado e da Igreja, as instituições continuaram se relacionando, ainda que simbolicamente. Na reflexão, tem-se como base a lógica dedutiva, com abordagem analítico-interpretativa e procedimento bibliográfico. Dessa forma, a pesquisa debruçou-se em estudar a história brasileira vinculada às raízes religiosas, analisando de que forma estas, ao logo do tempo, foram se enraizando na cultura do país de tal forma que, atualmente, não podemos pensar em sociedade, direito e política sem nos deparar com regramentos de diversas entidades religiosas. A principal hipótese é que, mesmo após a consolidação do Estado laico, a religião continuou influenciando os três poderes do Brasil, observando-se que alguns representantes do povo permanecem justificando suas decisões mediante ideologias religiosas, as quais, por vezes, dificultam o desenvolvimento da democracia brasileira, impedindo que direitos individuais e coletivos sejam alcançados em razão de interpretações equivocadas de textos sagradosEste artigo teve como objetivo estudar a relação histórica existente entre a política brasileira e a religião, além dos possíveis reflexos que essa união possa ter causado na esfera pública do país. Assim, percebeu-se que o Brasil foi construído em sua origem por percepções religiosas, as quais marcaram, inquestionavelmente, a formação do direito e da cultura do país. Nesse sentido, após a separação oficial do Estado e da Igreja, as instituições continuaram se relacionando, ainda que simbolicamente. Na reflexão, tem-se como base a lógica dedutiva, com abordagem analítico-interpretativa e procedimento bibliográfico. Dessa forma, a pesquisa debruçou-se em estudar a história brasileira vinculada às raízes religiosas, analisando de que forma estas, ao logo do tempo, foram se enraizando na cultura do país de tal forma que, atualmente, não podemos pensar em sociedade, direito e política sem nos deparar com regramentos de diversas entidades religiosas. A principal hipótese é que, mesmo após a consolidação do Estado laico, a religião continuou influenciando os três poderes do Brasil, observando-se que alguns representantes do povo permanecem justificando suas decisões mediante ideologias religiosas, as quais, por vezes, dificultam o desenvolvimento da democracia brasileira, impedindo que direitos individuais e coletivos sejam alcançados em razão de interpretações equivocadas de textos sagrados.

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Publicado

2023-06-21

Como Citar

DA PONTE, Isadora Sorteia; HAHN, Noli Bernardo. A religião nas relações de poder: a permanente influência das figuras religiosas na esfera pública brasileira. Revista Perspectiva, [S. l.], v. 47, n. 178, p. 7–18, 2023. DOI: 10.31512/persp.v.47.n.178.2023.326.p.7-18. Disponível em: http://ojs.uricer.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/326. Acesso em: 21 nov. 2024.