Pressões respiratórias máximas: comparação de valores encontrados em crianças de 8 a 10 anos e preditos por equações para crianças brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.48.n.181.2024.382.p.39-48Palavras-chave:
Pressões Respiratórias Máximas, Criança, Força muscular, Valores de referênciaResumo
Este estudo teve como objetivo comparar valores obtidos de Pressões Respiratórias Máximas (PRM) em crianças saudáveis com os preditos por equações para cálculo de valores de referência para crianças brasileiras propostas por Lanza et al., Gomes et al. e Heinzmann-Filho et al. Trata-se de um estudo transversal que incluiu 199 crianças saudáveis, com idade entre oito e dez anos, sendo a maioria meninas (52%). As PRM foram avaliadas por meio da manovacuometria [pressão inspiratória e expiratória máxima (PImax e PEmax respectivamente)] seguindo as recomendações da American Thoracic Society. No grupo de meninas houve diferença nos valores das PRM entre os valores obtidos no presente estudo e os valores preditos pelas equações propostas pelos três autores (p<0,001). No grupo de meninos foi observada diferença entre os valores obtidos e os preditos pelas equações de Gomes et al., tanto para PImax como PEmax, e por Lanza et al. para PEmax (p<0,05). Apontamos a necessidade de explorar as PRM em faixas etárias cada vez mais restritas, principalmente entre a infância e a adolescência, devido à influência exercida por grandes alterações na composição física e maturação do sistema respiratório, comuns nesta fase de crescimento, para assim, possibilitar a elaboração de equações de predição mais apropriadas para cada gênero e faixa etária.