Avaliação do grau de independência funcional e da funcionalidade respiratória em pacientes submetidos à cirurgia abdominal
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.46.n.173.2022.221.p.9-18Palavras-chave:
Classificação Internacional de Funcionalidade, Cuidados Pós-Operatórios. Capacidades pulmonares, Ventilação Voluntária Máxima, Pressões respiratórias máximasResumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade funcional, força e desempenho muscular respiratório e grau de funcionalidade, de pacientes submetidos a cirurgias abdominais. Trata-se de um estudo de cunho transversal, exploratório, descritivo e quantitativo, composto por uma amostra não probabilística - intencional de 20 pacientes. Foi realizada avaliação das Pressões Respiratórias Máximas (PRM), Ventilação Voluntária Máxima (VVM), Pico de Fluxo Expiratório (PFE), o teste “Timed Up And Go” (TUG) e verificação do grau de independência funcional a partir da escala de Medida de Independência Funcional (MIF). A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 22.0 e as correlações foram realizadas por meio do teste Qui-Quadrado/Teste Exato de Fisher/Spearman, com nível de significância para p<0,05. Observou-se 35% da funcionalidade dos pacientes na classificação geral da MIF e na categoria autocuidado, 55% na categoria mobilidade e 77% na categoria locomoção no pós-operatório de cirurgias abdominais. Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre o grau de funcionalidade e o risco de quedas (p>0,05) e entre a categoria locomoção da MIF com o risco de quedas (p>0,05). Conclui-se que os pacientes submetidos às cirurgias abdominais apresentaram uma diminuição significativa da força, função e desempenho muscular respiratório, assim como, podem predispor a um declínio da mobilidade e funcionalidade, expondo o paciente a um maior risco de quedas.