Estado de saúde e nível de fadiga em pacientes submetidos à quimioterapia
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.47.n.177.2023.309.p.153-163Palavras-chave:
Quimioterapia, Fadiga, Fisioterapia, Força da mãoResumo
A quimioterapia antineoplásica aplicada em tumores malignos, utilizada isoladamente ou associada com cirurgia e/ou radioterapia, frequentemente, induz toxicidade tecidual, causando múltiplos sintomas adversos, como prejuízo da capacidade funcional e aumento da fadiga. Neste estudo, objetivou-se verificar a influência da quimioterapia sobre a força de preensão palmar e o nível de fadiga em pacientes ambulatoriais, por meio da dinamometria de preensão palmar, Pictograma de Fadiga e Escala de Fadiga de Piper, além de correlacionar tais variáveis. Amostra constituída por 22 indivíduos em tratamento quimioterápico ambulatorial. Os resultados demonstraram uma redução estatisticamente significativa da força de preensão palmar de ambos os membros superiores em mulheres de 40 a 59 anos (KS= 1,15; P<0,0001) e mais de 60 anos (KS=1,42; p=0,035) e nos homens acima de 60 anos (KS=2,39; p<0,0001). O escore total de fadiga, em média, teve um resultado de 4,44, indicando presença de fadiga leve. A maioria dos participantes relatou sentir-se “Um pouquinho cansado” (31,81%), “Moderadamente cansado” (27,27%) e “Muito cansado” (22,72%). A maior parte deles assinalou a alternativa “Faço só o que tenho que fazer” (31,81%). Conclui-se que esse tratamento gera fadiga relatada e redução da força de preensão palmar em comparação a adultos saudáveis da mesma faixa etária.