Biodisponibilidade de metais em riachos e a acumulação por insetos aquáticos

Autores

  • Mariana Nunes Menegat Laboratório de Biomonitoramento, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI Erechim, Avenida Sete de Setembro, 1621, Erechim, RS, Brasil
  • Rafael Chaves Loureiro Programa de Pós-Graduação em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Universidade Federal de Rio Grande - FURG, Rio Grande, RS, Brasi
  • Jacir Dal Magro Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Área de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó, SC, Brasil
  • Rozane Maria Restello Departamento de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI Erechim, Avenida Sete de Setembro, 1621, Erechim, RS, Brasil
  • Luiz Ubiratan Hepp Programa de Pós-Graduação em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais, Universidade Federal de Rio Grande - FURG, Rio Grande, RS, Brasil. Departamento de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI Erechim, Avenida Sete de Setembro, 1621, Erechim, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.31512/persp.v.44.n.165.2020.71.p.21-33

Palavras-chave:

Ambientes Aquáticos, Contaminação, Cobre, Cádmio, Cromo

Resumo

A expansão das atividades agrícolas e, consequentemente, o uso de agrotóxicos e fertilizantes contendo metais pesados em sua composição podem afetar negativamente a estrutura das comunidades aquáticas. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar as concentrações de cobre (Cu), cádmio (Cd) e cromo (Cr) em três níveis da cadeia trófica de invertebrados (i.e. detrito, fragmentadores e predadores). Para tanto, foram coletadas amostras de detritos foliares e insetos fragmentadores e predadores em seis riachos da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. A concentração média de Cu acumulada pelos detritos foi de 0,013±0,001 μg.g-1, enquanto que os predadores e fragmentadores acumularam 0,070±0,018 μg.g-1 e 0,077±0,022 μg.g-1, respectivamente. Para Cr, os fragmentadores apresentaram as maiores concentrações (0,753±0,218 μg.g-1) quando comparados aos predadores (0,583±0,169 μg.g-1) e detrito (0,027±0,002 μg.g-1). Para Cd, as concentrações foram maiores nos fragmentadores (0,056±0,021 μg.g-1) quando comparados aos predadores (0,046±0,025 μg.g-1) e detrito (0,004±0,000 μg.g-1). Concluímos que os insetos aquáticos fragmentadores estão acumulando metais pesados a partir da alimentação por detritos foliares, demonstrando, assim, potencial de acumulação de metais, podendo ser utilizados como bioindicadores da contaminação dos ambientes aquáticos por metais pesados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-06-25

Como Citar

NUNES MENEGAT, Mariana; CHAVES LOUREIRO, Rafael; DAL MAGRO, Jacir; MARIA RESTELLO, Rozane; UBIRATAN HEPP, Luiz. Biodisponibilidade de metais em riachos e a acumulação por insetos aquáticos. Revista Perspectiva, [S. l.], v. 44, n. 165, p. 21–33, 2020. DOI: 10.31512/persp.v.44.n.165.2020.71.p.21-33. Disponível em: http://ojs.uricer.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/71. Acesso em: 24 nov. 2024.