Currículo Escolar do Ensino Médio: interfaces com angústia existencial e finitude humana
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.46.n.176.2022.282.p.31-43Palavras-chave:
Currículo, Finitude humana, Angústia existencialResumo
O artigo em pauta resulta de pesquisa teórico-bibliográfica, de natureza qualitativa, cujo objetivo é problematizar e refletir a respeito das interfaces do currículo escolar de Ensino Médio com a angústia existencial e finitude humanas. O currículo escolar carrega no seu bojo as escolhas que são feitas no que diz respeito a conhecimentos e saberes que são transmitidos no processo pedagógico, sejam eles implícitos ou explícitos. As decisões a seu respeito, na maioria das vezes, estão fora da alçada do professor, que se limita a cumprir o que lhe foi determinado. Há pouco espaço e margem para abordar questões que não estejam diretamente relacionadas ao traçado pelas políticas curriculares, como os temas de natureza emocional, existenciais ou de sofrimento psíquico dos estudantes. No ensino médio onde há muita preocupação com os conhecimentos tradicionais que levam a etapas posteriores como vestibular ou ao mercado de trabalho, a vida real tem pouco lugar no currículo, razão pela qual há necessidade de se questionar o papel da escola e sua contribuição para o ser humano concreto que necessita ser compreendido em seus dilemas antropológico-existenciais para que ela cumpra seu papel formativo