Efeito do ultrassom e da temperatura no rendimento de extração e na atividade antioxidante do gengibre (Zingiber officinale)
DOI:
https://doi.org/10.31512/persp.v.47.n.177.2023.295.p.37-50Palavras-chave:
Gengibre. Extração, Compostos Bioativos, Planejamento ExperimentalResumo
O consumo de alimentos com propriedades antioxidantes desempenha um papel importante para a saúde. A principal função deles é a eliminação de radicais livres, produzidos pelas espécies reativas de oxigênio. Na indústria de alimentos, os extratos de plantas ricas em compostos fenólicos podem ser usados como aditivos nutracêuticos ou conservantes naturais para aumentar a vida de prateleira dos alimentos industrializados. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito das variáveis independentes que influenciam na extração dos compostos bioativos do gengibre (Zingiber officinale) e avaliar sua atividade antioxidante e antimicrobiana. Para isso, foi realizado um planejamento experimental: Delineamento de Composto Central Rotacional (DCCR) 2², verificando o efeito da potência do ultrassom (%) e da temperatura (°C) no rendimento e na atividade antioxidante dos extratos. Também, foi avaliado o teor de compostos fenólicos totais e a atividade antibacteriana do extrato obtido na melhor condição. A condição que levou à maior atividade antioxidante foi a temperatura 45 °C, a potência de ultrassom 50% durante 1 hora de extração com etanol absoluto. O teor de compostos fenólicos totais foi de 7,07 ± 0,44 mgEAG/g e a atividade antioxidante expressa em termos de IC50 variou de 0,19 mg/mL para o método de DPPH, e 0,98 mg/mL para o método ABTS. A atividade antimicrobiana foi testada contra as bactérias Salmonella enterica, Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes. Nela, foram obtidas concentrações inibitórias mínimas de 1,56, 3,13, 1,56 e 0,39 mg/mL, respectivamente.